quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Celtas

  Celtas é a designação dada a um conjunto de povos, organizados em múltiplas tribos, pertencentes à família linguística indo-européia que se espalhou pela maior parte do noroeste da Europa a partir do segundo milênio a.C... A primeira referência literária aos celtas foi feita pelo historiados grego Hecateu de Mileto no século VI a.C...
  Boa parte da população da Europa ocidental pertencia às etnias celtas até a eventual conquista daqueles territórios pelo Império Romano; organizavam-se em tribos, que ocupavam o território desde a península Ibérica até a Anatólia. A maioria dos povos celtas foi conquistada, e mais tarde integrada, pelos Romanos, embora o modo de vida celta tenha, sob muitas formas e com muitas alterações resultantes da aculturação devida aos invasores e à posterior cristianização, sobrevivido em grande parte de território por eles ocupado.
  Existiam diversos grupos celtas compostos de várias tribos, entre eles os bretões, os gauleses, os escotos, os eburões, os batavos, os belgas, os galátas, os trinovantes e os caledônios. Muitos destes grupos deram origem ao nome das províncias romanas na Europa, as quais que mais tarde batizaram alguns dos estados-nações medievais e modernos da Europa.
  Os celtas são considerados os introdutores da matalurgica do ferro na Europa, dando origem naquele continente à Idade do Ferro (culturas de Hallstatt e La Tène), bem como das calças na indumentária masculina (embora essas sejam provavelmente originárias das estepes asiáticas).
  De ponto de vista da independência política, grupos celtas perpetuaram-se até pelo menos o século XVII na Irlanda, país onde por seu isolamento, melhor se preserveram as tradições de origem celta. Outras regiões europeias que também se identificam com a cultura celta são o País de Gales, uma entidade sub-nacional do Reino Unido, a Cornualha (Reino Unido), a Gália (França), o norte de Portugal e a Galiza (Espanha). Nestas regiões os traços linguísticos celtas sobrevivem nos topônimos, algumas formas linguísticas, no folclore e nas tradições.

Berserker (Mitologia Nórdica)

  Berserkers (ou Berserk) eram guerreiros nórdicos ferozes que haviam jurado fidelidade ao deus viking Odin. Eles entraravam em fúria assassina antes de qualquer batalha.
  Há uma divergência sobre o termo nórdico "baresark", que podia referir-se a "camisa simples" ou ao uso da pele de um urso na batalha (sidnificando "camisa de urso", em nórdico), da mesma forma como os Ulfsarks usavam peles de lobo. Outra tradução possível é "sem camisa".
  A origem dos berserkers é desconhecida, Tacius, porém, faz menção de grupos de guerreiros germânicos com uma fúria frenética.
  Especula-se que berserkers eram grupos ou bandos de guerreiros inspirados religiosamente. Esses guerreiros entravam em tamanho estado de fúria em combate que dizia-se que suas peles podiam repelir armas. Alguns eruditos modernos sugerem que a fúria dos berserkers poderia ser induzida pelo consumo de cogumelos alucinógenos. Lendas mencionam gangues de berserkers com doze membros cujos aspirantes tinham que passar por lutas ritualísticas ou mesmo verdadeiras para serem aceitos. Alguns berserkers tomaram como nomes björn ou biorn em referência aos ursos.
  Lendas contam que guerreiros tomados por um frenesi insano, iam a batalha totalmente despidos e atiravam-se nas linhas inimigas. Não existe nenhum relato conteporâneo de que existia os berserkers. Sem dúvidas, existiam guerreiros em frenesis insanos, mas não há evidências de nudistas lenáticos em campo de batalha.
  Em inglês existe a expressão to go berserk, que significa ficar violento, enlouquecido, incontrolável.

Vikings

  Vikings ou viquingues foram menbros marítimos da Escandinávia, que também eram comerciantes, gerreiros e piratas. Entre finais do século VIII e do século XI pilharam, invadiram e colonizaram as costas da Escandinávia, Europa e ilhas Britânicas. O período de expansão desses povos é denominado Era Viking. Embora sejamconhecidos principalmente como um povo de terror e destruição, eles também fundaram povoados e fizeram comércio pacificamente. A imagem hitórica dos vikings mudou um pocuco ao longo dos tempos, e hoje já admite-se que eles tiveram uma enorme contribuição na tecnologia marítima e na construção de cidades.

Elmos com chifres

  Muitos dizem que os vikings usavam elmos com chifres pois receavam, pelas suas crenças, de que o céu lhes pudesse vir a cair nas cabeças. Apesar desta conhecida imagem a respeito deles - que na realidade era uma crença celta e não nórdica - eles jamais utilizaram tais elmos. Essas características não passam a resgatar a imagem dos vikings como bárbaros cruéis, pois sua aparência era incerta. Os capacetes que os vikings verdadeiramente utilizavam eram cônicos e sem chifres. Não existe qualquer tipo de evidência científica (paleográfica, histórica, arqueológica, epigráfica) de que os escandinavos da Era Viking tenham utilizado capacetes córneos.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Basilisco

  Esse animal era chamado o rei das serpentes, tendo na cabeça, para confirmar essa realeza, uma crista em forma de coroa. Supunha-se que nascia do ovo de um galo, chocado por sapos ou serpentes. Havia várias espécies de basilisco. Uma delas queimava todo aquele que dela se aproximava. Uma segunda assemelhava-se à cabeça da Medusa, e sua visão causava tal horror que provocava a morte imadiata. No Ricardo III de Shakespeare, Lady Ana, em resposta ao galanteio de Ricardo acerca de seus olhos, retruca: "Fossem eles os do Basilisco, para te ferir de morte!"
  O Basilisco era chamado rei das serpentes porque todas as outras cobras, comportando-se como bons súditos e muito sensatamente não desejando serem queimadas ou fulminadas, fugiam logo que ouviam a distância o silvo de seu rei, ainda que estivessem se banqueteando com a mais deliciosa presa, deixando o manjar para o monstruoso monarca.
  O naturalista romano Plínip assim descreve o basilisco: "Não arrasta o corpo, como as outras serpentes, por meio de uma flexão múltipla, mas avança firme e ereto. Mata os arbustos, não somente pelo contato, mas respirando sobre eles, e fende as rochas, tal é o poder maligno que ele existe." Acreditava-se que, se o basilisco fosse morto pela lença de um cavaleiro, o poder do seu veneno, conduzido através da arma, matava não somente o cavaleira mas até o cavalo. Lucano faz alusão a esse fato nos versos:

Ele matou o basilisco em vão,
Deixando-o inerte no arenoso chão.
Corre o veneno através da lança
E mata o mouro, quando a mão alcança.

  Os poderes maravilhosos dos basiliscos são atestados por vários sábios, como Galeno, Aviceno, Scaliger e outros. Por vezes, algum deles duvidava de uma parte da lenda, mas admitia o resto. Jonston, um médico letrado, observa sensatamente: "Seria defícil de acreditar que ele mata com o olhar, pois, assim sendo, quem o teria visto e continuado vivo para contar o caso?" O digno sábio não sabia que aqueles que iam caçar o basilisco dessa espécie levavam consigo um espelho, que fazia refletir a horrível imagem sobre o original, fazendo o basilisco matar-se com sua própria arma.
  Mas quem seria capaz de atacar esse terrível monstro? Há um velho ditado segundo o qual "tudo tem seu inimigo", e o basilisco intimidava-se diante da doninha. Por mais amedrontador que fosse o aspecto da serpente, a doninha não se preocupava e entrava na luta ousadamente.Quando mordida, retirava-se por algum tempo para ingerir a arruda, que era a única planta que o basilisco não fazia murchar, e voltava a atacar com redobreado vigor e coragem, não deixando o inimigo enquanto não o estendia morto no chão. O monstro, como se consciente da estranha maneira pela qual vinha ao mundo, votava, também, extrema antipatia ao galo e estava sujeito a exalar o último suspiro tão logo ouvisse o canto daquela ave.
  O basilisco tinha alguma utilidade depois de morto. Sabemos, assim, que sua carcaça era colocada no templo de Apolo, e em casas residenciais, por ser um remédio soberano contra aranhas, e que também era posta no templo de Diana, motivo pelo qual nenhuma andorinha se atrevia a penetrar no recinto sagrado.
  Shelley, em sua "Ode a Nópoles", cheio de entusiasmo ao ter notícia da proclamação de um governo constitucional naquela cidade, em 1820, faz a seguinta alusão ao basilisco:

Blasfemar-te atravessaram-se, impudentes,
E a liberdade blasfemar? A sorte
Tenham de Actéon, que, nos dentes
De seus próprios mastins achou a morte!
Vencendo os desafios e o perigo
Da tirania, em cada momento,
Sê como o basilisco, que inimigo
Mata por invisível ferimento.

Bibliografia: O livro de ouro da Mitologia - História de Deuses e Heróis - Thomas Bulfinch

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Tiahuanaco - A Cidade Mais Antiga e Misteriosa Do Planeta

  Nós aprendemos na escola que a civilização partiu do Velho Mundo para o Novo Mundo. Porém, há evidências de que o Homem construiu cidades no Novo Mundo milhares de anos antes de que a história conta. Tradicionalmente, a cidade mais antiga do mundo seria Jericó, no Velho Mundo, datada de cerca de 8 mil a.C.. Porém, foram encontradas na América do Sul, evidências de uma cidade que pode ter o dobro da idade de Jericó.
  Localizada na Bolívia (72km de La Paz), a 3.750 metros de altura, Tiahuanaco é uma das cidades mais misteriosas de mundo. A princípio, acreditava-se que ela havia sido construída pelos antecessores dos Incas, há 2 mil anos. Mas, perto da virada do século, o erudito boliviano Arthur Posnansky deu início a um estudo de 50 anos nas ruínas de Tiahuanaco. Com a ajuda da astronomia, Posnansky descobriu algo que daria início a muita polêmica no meio científico, como era de se esperar: calculou que Tiahuanaco havia sido erguida há mais de 17 mil anos, muito antes que, supostamente, qualquer civilização existisse.
  Esta fabulosa cidade foi chamada de "o berço da civilização" por Posnansky. Apesar de ter sido confirmada, por engenheiros, a acuidade das mediações de Posnansky, sua conclusão nunca foi aceita. Porém, Neil Steed, um arqueólogo perito em América Central, decidiu reabrir esta controversa investigação. Neil visitou o novo sítio de escavação do Dr. Oswaldo Rivera, perito em arqueologia boliviana, a pirâmide Akapana. Hoje, grande parte está em ruínas, mas a base foi milagrosamente preservada e prova a avançada capacidade dos construtores.
  As pedras desse sítio estão perfeitamente colocadas. Cientistas tentaram inserir uma agulha e uma carta de baralho em todos os pontos de junção e não foi possível. Hoje já se sabe que a cidade foi construida segundo alinhamentos astronômicos. Partindo disso, Neil Steed usou os mesmos alinhamentos astronômicos para datar o sítio.
  Posnansky observou que no 1° dia de primavera, o Sol se ergueu exatamente no centro do templo através de arcada. Baseado no desenho do templo, deduziu que no 1° dia de inverno e de verão o Sol deveria se erguer por entre as pedras angulares. Mas isto não ocorria. A posição do Sol, por alguma razão passava um pouco dos marcadores de ângulo. Em Tiahuanaco, a arquitetura está alinhada perfeitamente com os pontos cardeais. Porém, medindo-as precisamente, são encontrados "erros". O Dr. Rivera acredita que seja simples erros de construção, sem relação com a data em que foi contruida.
  Observando a perfeição com que foi feito este sítio, com pedras de mais de 100 toneladas (algumas chegam a 200 tons), sugerir que coisas como marcadores de solstício estejam desalinhados é inacreditável, e, como Posnansky, Neil também acha que os marcadores de solstício estão localizados com precisão, como tudo mais no sítio. De fato, este foi o argumento que Posnansky usou para calcular a idade do sítio. Medindo o ângulo das pedras angulares e comparando-o a posição do nascer do Sol de hoje, Posnansky pode calcular que Tiahuanaco foi construida há 17 mil anos. Porém, naquela época, o ângulo do eixo de inclinação da Terra era levemente doferente do atual. Então, o Sol no verão e no inverno deve ter se erguido diretamente sobre as pedras angulares.
  Hoje, temos medidas astronômicas melhores devido aos satélites e computadores. Foram feitos novos cálculos baseados nestas informações e foi descoberta uma data não menos surpreendente: 12 mil anos. Mas isso ainda faz de Tiahuanaco a cidade mais antiga da face da Terra.
  No livro Chronicles Of Peru, escrito no século XIV, Garcia de la Vega diz que quando os espanhóis chegaraam à América do Sul, perguntaram aos Incas se eles haviam construido a incrivel cidade de Tiahuanaco. Os Incas disseram que não. De fato, eles riram da ideia e afirmaram que não tinham nada a ver com a cidade e que ela havia sido construída milhares de anos antes deles.
  Hoje, o que é divulgado nos meios científicos, é que o Homem chegou à América do Sul há serca de 15 mil anos atrás, os chamados "caçadores errantes". Porém, as evidências acima sugerem que Tiahuanaco tenha sido construida por uma civilização muito avançada. Talvez muito mais do que se imagine.
  Ao restaurar o templo de Puma Punka, Dr. Rivera e sua equipe acharam uma estranha depressão entre dois blocos de pedra. Ao espanar a poeira, notaram umbrilho de metal. Os construtores de Tiahuanaco cavaram em encaixe na pedra e nele derramaram uma liga que se endurecia e se transformava em um grampo. Este grampo era utilixado para segurar os blocos de pedra juntos. O mais impressionante é que para mover a liga derretida para cada lado onde um grampo era necessário, precisariam ter algo como um forno de fundição portátil para manter o emtal em estado líquido.
  O mesmo método de construção foi utilizado também pelos construtores egípcios. A antiguidade e a sofisticação tecnológica em Tiahuanaco deveriam fazer que cada um de nós questionasse as origens da civilização.

Bibliografia:
 - "The Orygins Of Man" - NBC