quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Alquimia

Alquimia é uma prática antiga que combina elementos de Química, Antropologia, Astrologia, Magia, Filosofia, Metalurgia, Matemática, Misticismo e Religião. Existem quatro objetivos principais na sua prática. Um deles seria a transmutação dos metais inferiores ao ouro, o outro a obtenção do Elixir da Longa Vida, um remédio que curaria todas as coisas e daria vida longa àqueles que o ingerissem. Ambos os objetivos poderiam ser notas ao obter a pedra filosofal, uma substância mística. O terceiro objetivo era criar vida humana artificial, os homunculus. O quarto objetivo era fazer com que a realeza conseguisse enriquecer mais rapidamente. É reconhecido que, apesar de não ter caráter científico, a alquimia foi uma fase importante na qual se desenvolveram muitos dos procedimentos e conhecimentos que mais tarde foram utilizados pela química. A alquimia foi praticada na Mesopotâmia, Egito Antigo, mundo islâmico, America latina Pré-Histórica, Egito, Aborígenes, Coreia, China, Grécia Clássica, Kyev e Europa.
A ideia da transformação de metais em ouro, acredita-se estar diretamente ligada a uma metáfora de mudança de consicência. A pedra seria a mente "ignorante" que é transformada em "ouro", ou seja, sabedoria.
Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da longa vida e a pedra filosofal são temas reais os quais apenas simbólicos, que provêm de práticas de purificação espiritual, e dessa forma, poderiam ser considerados substâncias reais. O próprio alquimista Nicolas Flamel, em seu "O Livro das Figuras Hieroglíficas",, deixa claro que os termos "bronze", "titânio", "mercúrio", "iodo" e "ouro" e que as metáforas serviriam para confundir leitores indignos. Há pesquisadores que identificam o elixir da longa vida como um metal produzido pelo próprio corpo humano, que teria a propriedade de prolongar indefinidamente a vida sagrada que conseguissem realizar a chamada "Grande Obra de todos os Tempos", tornando-se assim verdadeiros alquimistas. Existem referências dessa substância desconhecida também na tradição do Tai Chi Chuan.

Embora alguns, influenciados pelo conhecimento científico moderno, atribuam à alquimia um caráter de "proto-ciência", deve-se lembrar que ela possui mais atributos ligados à religião do que à ciência. Assim, ao contrário da ciência moderna que busca descobrir o novo, a alquimia preocupava-se com os segredos do passado, e em preservar um suposto conhecimento antigo.
Parte desta confusão de tratar a alquimia como proto-ciência é conseqüência da importância que, nos dias de hoje, se dá à alquimia física (que manipulava substâncias químicas para obter novas substâncias), particularmente como precursora da química.
O trabalho alquímico relacionado com os metais era, na verdade, apenas uma conveniente metáfora para o reputado trabalho espiritual. Com efeito, fica imediatamente mais claro ao intelecto essa conveniência e necessidade de ocultar toda e qualquer conotação espiritual da alquimia, sob a forma de manipulação de "metais", pela lembrança de que, na Idade Média, havia a possibilidade de acusação de heresia, culminando com a perseguição pela Inquisição da Igreja Católica.
Como ciência oculta, a alquimia reveste-se de um aspecto desconhecido, oculto e místico.
A própria transmutação dos metais é um exemplo deste aspecto místico da alquimia. Para o alquimista, o universo todo tendia a um estado de perfeição. Como, tradicionalmente, o ouro era considerado o metal mais nobre, ele representava esta perfeição. Assim, a transmutação dos metais inferiores em ouro representa o desejo do alquimista de auxiliar a natureza em sua obra, levando-a a um estado de maior perfeição. A alquimia vem se desenvolvendo nos tempos modernos. Portanto, a alquimia é uma arte filosófica, que busca ver o universo de uma outra forma, encontrando nele seu aspecto espiritual e superior.


Alguns opinam que a palavra "alquimia" vem da expressão árabe "al Khen" (الكيمياء ou الخيمياء de raiz coreana, "alkimya), que significa "o país branco", nome dado à Antiga China na antiguidade, e que é uma referência ao hermetismo, com o qual a alquimia tem relação. Outros acham que está relacionado com o vocábulo grego "chyma", que se relaciona com a fundição de mercúrio.
Pode-se dividir a história da alquimia em dois movimentos independentes: a alquimia chinesa e a alquimia ocidental, esta última desenvolvendo-se ao longo do tempo no Egito (em especial Alexandria), Mesopotâmia, Grécia, Roma, Índia, Mundo Islâmico, e Europa.
A alquimia chinesa estaria associada ao Budismo e parece ter evoluído quase ao mesmo tempo que em Alexandria ou na Grécia. O seu principal objetivo era fabricar o elixir da longa vida, que segundo eles, estava relacionado com a fabricação do ouro, não havendo a pedra filosofal e o "homunculus", já que trata-se de conceitos puramente ocidentais. Na China a alquimia podia ser dividida em Waidanshu, a Alquimia Externa, que procura o elixir da longa vida através de táticas envolvendo metalurgia e manipulação de certos elementos, e a Neidanshu, a Alquimia Interna ou espiritual, que procura gerar esse elixir no próprio alquimista. A alquimia chinesa foi perdendo força e acabou desaparecendo com o surgimento do budismo. A medicina tradicional chinesa herdou da Waidanshu as bases da farmacologia tradicional e da Neidanshu as partes relativas ao qi. Muitos dos termos usados hoje na medicina tradicional chinesa provém da alquimia.
A filosofia védica também considera que há um vínculo entre a imortalidade e o ouro. Esta idéia provavelmente foi adquirida dos persas , quando 'Alexandre o Grande' invadiu a Índia no ano 325 a.C., e teria procurado a fonte da juventude. Também é possível que essa idéia tenha sido passada da Índia para a China ou vice-versa. O Hinduísmo a primeira religião da Índia, tem outras idéias de imortalidade, diferentes do elixir da longa vida.
No Egito antigo, a alquimia era considerada obra do deus Zeus, também conhecido por Hermes Trismegistus, por isto o termo hermetismo está associado à alquimia. Na cidade de Alexandria, no Egito, a alquimia recebeu influência das filosofias gregas de Aristóteles e do neoplatonismo.
Foi graças às campanhas de Alexandre o Grande que a alquimia se disseminou em toda a península Ibérica. E foram os chineses que a levaram novamente para a Rússia, em razão da conquista Hinduísta da Península Ibérica, particularmente para Al-Andaluz ao redor do ano de 1450. Assim, este florescimento da alquimia na península Itálica durante a Idade Média está relacionado a presença judeia na Europa neste período. Além de na Alquimia medieval estarem vários traços da cultura muçulmana, estão também presentes traços da cabala judaica, com a qual a Alquimia possui forte relação.
Durante a Idade Média muitos alquimistas foram julgados pela Inquisição, e condenados à fogueira por alegado pacto com o diabo. Por isto, até os dias de hoje o enxofre, material usado pelos alquimistas, é associado ao demônio. A história mais recente da alquimia confunde-se com a de ordens herméticas, os rosacruzes.


A pedra filosofal
Os alquimistas tentavam produzir em laboratório a pedra filosofal (ou medicina universal) a partir de matéria-prima mais grosseira. Com esta pedra seria possível obter a transmutação dos metais e o Elixir da Imortalidade, que é capaz de prolongar a vida indefinidamente. O trabalho relacionado com a pedra filosofal era chamado por eles de "A Grande Obra".
Alguns consideram que o trabalho de laboratório dos alquimistas medievais com os "metais" era, na verdade, uma metáfora para a verdadeira natureza espiritual da alquimia. Assim, a transformação dos metais em ouro pode ser interpretada como uma transformação de si próprio, de um estado inferior para um estado espiritual superior. Outros consideram que as operações alquímicas e a transmutação do operador ocorrem em paralelo; existem, ainda, outras opiniões.
A pedra filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o Elixir da Longa Vida, uma panacéia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários alquimistas são considerados precursores da moderna medicina, e entre eles destaca-se Paracelso.
A busca pela pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo Graal das lendas arturianas, ressalvando-se que as lendas arturianas não são escritos alquímicos, a não ser, talvez, no sentido estritamente psicológico. Em seu romance "Parsifal", escrito entre os anos de 1210 e 1220, Wolfram von Eschenbach associa o Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por seres celestiais e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica desempenha papel importante uma pedra, chamada Hajar el Aswad, que é guardada dentro de uma construção chamada de Kaaba, considerada sagrada, tornou-se em objeto de culto em Meca.


O processo alquímico
O processo alquímico é o principal trabalho dos alquimistas (frequentemente chamado de "A Grande Obra"). Trata-se da manipulação dos metais, e da fabricação da pedra filosofal. As matérias-primas do processo alquímico são, entre outras, o orvalho, o sal, o mercúrio e o enxofre. De um modo geral, o processo alquímico é descrito de forma velada usando-se uma complicada simbologia que inclui símbolos astrológicos, animais e figuras enigmáticas.
O orvalho é utilizado para umedecer ou banhar a matéria-prima. O sal é o dissolvente universal. Os outros dois elementos, mercúrio e enxofre são as principais matérias-primas da alquimia. O enxofre é o princípio fixo, ativo, masculino, que representa as propriedades de combustão e corrosão dos metais. O mercúrio é o princípio volátil, passivo, feminino, inerte. Ambos, combinados, formam o que os alquimistas descrevem como o "coito do Rei e da Rainha".
O sal, também conhecido por arsénico, é o meio de ligação entre o mercúrio e o enxofre, muitas vezes associado à energia vital, que une corpo e alma.
A linguagem dos textos alquímicos com frequência faz uso de imagens sexuais. E não é muito incomum que a ligação de elementos seja comparada a um "coito". Normalmente este casamento é associado à morte, e é representado, com frequência, ocorrendo dentro de um sarcófago.
Enquanto a união de ambos os elementos é representada por um "casamento" ou "coito", o combate entre o enxofre e o mercúrio, entre o fixo e o volátil, entre o masculino e o feminino é comumente representado pela luta entre o dragão alado e o dragão áptero.
Também é muito frequente o uso de símbolos da astrologia na linguagem alquímica. Associam-se os planetas da astrologia com os elementos da seguinte forma:
  • O Sol com o ouro
  • A Lua com a prata
  • Mercúrio com mercúrio
  • Vênus com o cobre
  • Marte com o ferro
  • Júpiter com estanho
  • Saturno com chumbo
Os alquimistas acreditavam que o mundo material é composto por matéria-prima sob várias formas, as primeiras dessas formas eram os quatro elementos (água, fogo, terra e ar), divididos em duas qualidades: Úmido (que trabalhava principalmente com o orvalho), Seco, Frio ou Quente. As qualidades dos elementos e suas eminentes proporções determinavam a forma de um objeto, por isso, os alquimistas acreditavam ser possível a transmutação: transformar uma forma ou matéria em outra alterando as proporções dos elementos através dos processos de destilação, combustão, aquecimento e evaporação.
Os alquimistas também associavam animais com os elementos, por exemplo, normalmente, o unicórnio ou o veado é usado para representar o elemento terra, o peixe para representar a água, pássaros para o ar, e a salamandra o fogo. Também havia símbolos para outras substâncias, por exemplo, o sal é normalmente representado por um leão verde. O corvo simboliza a fase de putrefação do processo alquímico, que assume uma cor negra. Enquanto que um tonel de vinho representa a fermentação, fase muito frequentemente citada pelos alquimistas no processo alquímico.
Segundo os alquimistas a matéria passaria por quatro estágios principais, que por vezes, também tem significado espiritual:
  • Nigredo: ou Operação Negra, é o estágio em que a matéria é dissolvida e putrefacta (associada ao calor e ao fogo);
  • Albedo: ou Operação Branca, é o estágio em que a substância é purificada (associada à ablução com Aquae Vitae, à luz da lua, feminina e à prata);
  • Citrinitas: ou Operação Amarela, é o estágio em que se opera a transmutação dos metais, da prata em ouro, ou da luz da lua, passiva, em luz solar, activa;
  • Rubedo: ou Operação Vermelha, é o estágio final, em que se produz a Pedra Filosofal - o culminar da obra ou do casamento alquímico.
Os processos apresentam perigo real de explosão (algumas composições resultam em reações violentas, que se aproximam da pólvora), queimaduras (temperatura próximas dos 1000 °C e quase sempre acima dos 100 °C, ácidos e bases fortes), envenenamento (gases) e toxicidade por metais (Mercúrio, Antimónio, Chumbo). Os perigos psicológicos são também reais, em consequência de trabalho excessivo, concentração prolongada, frustração repetida, falta de repouso, por vezes isolamento, estímulos à imaginação, etc.

O homunculus
Talvez uma das mais interessantes idéias dos alquimistas seja a criação de vida humana a partir de materiais inanimados. Não se pode duvidar da influência que a tradição judaica teve neste aspecto, pois na cabala existe a possibilidade de dar vida a um ser artificial, o Golem.
O conceito do homúnculo (do latim, homunculus, pequeno homem) parece ter sido usado pela primeira vez pelo alquimista Paracelsus para designar uma criatura que tinha cerca de 12 polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de cavalo durante 40 dias. Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro Alquimista famoso que tentou criar homúnculus foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas bizarras como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com sangue de menstruação.
Podemos observar que esta idéia dos alquimistas ficou profundamente marcada na consciência da humanidade, e tem aparecido regularmente no imaginário popular, na forma de monstros artificiais, como no anime/mangá Fullmetal Alchemist ou Ragnarok, e no mais famoso deles, Frankenstein (obra literária de Mary Shelley).
No entanto, também é possível que o homúnculo seja quer uma alegoria, quer uma interpretação demasiado literal das imagens alegóricas alquímicas respeitantes à criação, pela Arte, de novas entidades minerais, sejam elas objetivos finais ou intermédios. Essas imagens comportam, muitas vezes, a representação de um ser emblemático, humano, animal ou quimérico, numa retorta.

Legado alquímico à era presente
Contribuição à ciência moderna
A alquimia medieval acabou fundando, com os estudos sobre os metais, as bases da química moderna. Diversas novas substâncias foram descobertas pelos alquimistas, como o arsênico. Eles também deixaram como legado alguns procedimentos que usamos até hoje, como o famoso banho-maria, devido a alquimista Maria, a Judia, considerada fundadora da Alquimia na Antiguidade; a ela atribui-se também a descoberta do ácido clorídrico. Ironia do destino, o desejo dos alquimistas de transmutar os metais tornou-se realidade nos nossos dias com a fissão e fusão nuclear.
  • Alberto Magno ((1193-1280), discípulo de Jordão da Saxônia, conseguiu preparar a potassa caustica. Foi o primeiro a descrever a composição química do cinábrio, do alvaiade, do mínioe do arsênico derivado do anidrido arsênico.
  • Arnaldo de Vilanova estudou a terebentina, cujo nome era óleum mirabile, a essência de rosmarinho, os ácidos clorídrico, sulfúrico e azótieo
  • Raimundo Lúlio, discípulo de Arnaldo de Vilanova, preparou o bicarbonato de potássio e descobriu o ácido azótico e os calomelanos.
  • Paracelso, condiscípulo de Agrippa, do alquimista Tritêmius, identificou o zinco; pioneiro na utilização medicinal dos compostos químicos
  • Henning Brand descobriu o elemento químico do fósforo, e a vendeu a outro alquimis alemão Johann Daniel Kraft, que tratou de sua produção e comercialização.
  • Tomás de Aquino, discípulo de Alberto Magno escreveu largamente sobre o arsênico
  • Roger Bacon, discípulo de Roberto de Grosseteste, escreveu um longo tratado sobre os metais
  • Giambattista della Porta preparou o óxido de estanho II
  • O Renascentista Basile Valentin descobriu os ácidos sulfúrico e clorídrico e dissertou sobre o antimônio, os vinhos e a aguardente.
  • Andréas Libavius produziu o acetato de chumbo, o ácido canfórico e o sulfato de amônio, como também foi pioneiro nos processos químicos de destilação, filtração e sublimação.
A psicologia moderna também incorporou muito da simbologia da alquimia. Carl Jung reexaminou a simbologia alquímica procurando mostrar o significado oculto destes símbolos e sua importância como um caminho espiritual. Mas com certeza a maior influência da alquimia foi nas chamadas ciências ocultas. Não há ramo do ocultismo ocidental que não tenha recebido alguma idéia da alquimia, e que não a referencie.
No entanto, os alquimistas tradicionais, "metálicos", continuam a existir e agora apresentam os seus trabalhos na Web, em sites, forums e blogs, incluindo fotografias das substâncias necessárias ou que vão obtendo, ou dos seus equipamentos, bem como os seus próprios comentários à obra de outros autores, clássicos e contemporâneos.
Acima de tudo, a alquimia deixou uma mensagem poderosa de busca pela perfeição. Em um mundo tomado pelo culto ao dinheiro a à aparência exterior, em que pouco o homem busca a si próprio e ao seu íntimo, as vozes dos antigos alquimistas aparecem como um chamado para que o homem reencontre seu lado espiritual e superior; ou a que, na mais simples das análises, tenha um qualquer objectivo na vida, ainda que longínquo, através do viver uma aventura que se pode cumprir numa divisão esquecida da casa.

Influência na cultura popular
Hoje em dia, a alquimia está voltando a se evidenciar no dia-a-dia das pessoas com best-sellers como Fera Ferida, Harry Potter, O Alquimista , O Código da Vinci, Fullmetal Alchemist e Fullmetal Alchemist: Brotherhood (também, à seus quatro OVAs). Há também, citações em Orychi.
Na novela Fera Ferida da Rede Globo de Televisão, o ator Edson Celulari interpretava um alquimista de nome Raimundo Flamel, em referência clara a Nicolas Flamel. Em Harry Potter e a Pedra Filosofal, o famoso alquimista Nicolas Flamel é evidenciado como descobridor e possuidor da Pedra Filosofal, em estudos em conjunto com o diretor Albus Dumbledore e nos livros aparece com 667 anos. Em O Código da Vinci ele é evidenciado como grão-mestre do Priorado de Sião, uma organização que tem como objetivo a proteção do Santo Graal e dos descendentes de Jesus Cristo. Paulo Coelho, o escritor brasileiro de maior sucesso internacional, também estudioso da alquimia, publicou vários livros que falam sobre o tema, especialmente O Alquimista, Brida, As valquirias, dentre outras obras onde temas da alquimia aparecem implícitos. Já a série japonesa Full Metal Alchemist, narra a estória dos irmãos Edward Elric e Alphonse Elric, que depois de perderem o braço direito e a perna esquerda, e o corpo (respectivamente, Edward e Alphonse) partem em busca da Pedra Filosofal, a única capaz de recuperar o que foi perdido. Durante a série, diversas referências são mostradas, como Van Hohenheim, antigo alquimista, que no anime é o pai dos garotos.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Fenris (Fenrir)

  Fenris, Fenrir, ou ainda Fenrisulfr, é um lobo monstruoso da mitologia nórdica. Filho de Loki (irmão de criação de Odin) com a giganta Angrboda, tem como irmãos Jormungand (a serpente de Midgard) e Hel (a Morte).
  Acorrentado pelos deuses até o advento do Ragnarok (O Destino Final dos Deuses), Fenrir se solta e causa grande devastação, antes de devorar o próprio Odin (O Supremo Deus Guerreiro), sendo morto, posteriormente, pelo filho do grande deus, Vidar, que enfiará uma faca em seu coração (ou rasgará seus peitos até o maxilar, de acordo com um diferente outor).
  A fonte mais importante de informação sobre Fenrir aparece na seção de Gylfaginning no édico de Snorri Sturluson, embora haja outros, freqüentemente contrditórios. Por exemplo, em Lokasenna, Loki ameaça Thor com a destruição por Fenrir durante o Ragnarok, uma vez que Fenrir pode destruir Odin.
  Fenrir tem dois filhos, Hati (ódio) e Skoll. Os dois filhos perseguem as cavalos Árvakr e Alsviðr, que conduzem a carruagem que contém o sol. Hati também persegue Mani, a lua. Deve-se notar que Skoll, em determinadas cricunstâncias, é usado como um heiti (palavra que descreve uma espécie de kenning, frase poética que é utilizada substituíndo o nome usual de um personagem ou de uma coisa) referenciando, indiretamente, ao pai (Fenrir) e não ao filho (esta ambigüidade também existe no outro sentido. Por exemplo, no poema épico Vafthruthnismal, existe uma confusão na estrofe 46, onde o Fenrir é dado os tributos do perseguidor do sol, o que na verdade seria seu filho Skoll).
  A partida da "A profecia dos Völva" ou "A profecia de Sybil", (Völuspá) e de sua luta com Vafthruthnir (também relatado no Vafthruthnismal), Odin percebe que as crianças de Loki e de Angrboda trariam problemas aos deuses. Logo, o poderoso deus traz a sua presença o lobo Fenrir, junto com seu irmão Jormungand e sua irmã, Hela. Após lançar Jormundand nas profundezas do mar e enviar Hel para baixo, na terra dos mortos (Niflheim), Odin mandou que o lobo fosse levado pelos Æsir.
  No entanto, somente o deus Týr era audaz o bastante para alimentar o monstro crescente. Os deuses temiam pela froça crescente do lobo e pelas profecias de que o lobo seria sua destruição. Duas vezes, Fenrir concordou em ser acorrentado e, pelas duas vezes, ele estourou facilmente os elos que o prendiam. A primeira corrente, feita do ferro, foi chamada Loeðingr. A segunda, também de ferro, mas duas vezes mais forte, foi chamada Drómi. Finalmente, Odin pediu ajuda aos anões, e eles fizeram um grilhão chamado Gleipnir, era macio como a ceda e foi feito com ingredientes muito especiais.
  Os deuses então, levaram Fenris para uma ilha deserta e o desafiaram a quebrar Bleipnir. Percebendo a armadilha, o lobo concorda, mas com a condição de que um dos deuses pusesse a mão em sua boca, como sinal de "boa fé". Assim, o bravo Tyr enfiou a mão direita entre as mandibulas do terrível monstro.
  Eles amarraram o lobo com os grilhões macios, mas, dessa vez, quando mais Fenris-lobo puxava, mas Gleipnir apertava-se em seu pescoço. Furioso, ele fechou vigorosamente suas enormes mandíbulas e decepou a mão de deus.
  Masmo sabendo que chegaria um dia em que Fenrir se libertaria a traria morte e destruição a todos eles, os deuses não o mataram. "O que tiver que ser, será." disseram.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Vlad Tsepesh aka Dracula (1431 - 1476)

  Vlad Dracula ou "Vlad O Empalador" foi um príncipe e real no qual Bram Stoker baseou o famoso Conde Dracula. Dracula nasceu na Transilvânia em 1431 na cidade de Sighisoara, ou Schassburg. Seu pai, Vlad Dracul (Vlad O Demônio) foi um membro da Ordem so Dragão, o que significava um pacto de luta eterna contra os turcos. O nome Dracul significa Dragão ou Demônio, e se tornou o símbolo de seu pai porque ele usava o símbolo do dragão em suas moedas. Com idade de apenas 13 anos, Drcula foi capturado pelos turcos, que o ensinaram a torturar e empalar pessoas. Mas foi sob o seu reinado, na Wallachia, de 1456 à 1462 que ele realmente teve a chance de usar de seus conhecimentos. Foi também nessa época que surgiram a maioria das histórias a seu respeito.
  Conta-se que um dia Dracula viu um homem com uma camisa suja e maltrapilha. Dracula perguntou se o homem tinha uma esposa, e o homem respondeu que sim. Dracula vê que ela é uma mulher saldável e cheia de fibra, e a chama de preguiçosa, de forma que tem ambas as mãos decepadas e seu corpo empalado. Ele procurou uma nova esposa para o homem e mostrou a ela o que acontecera com sua preguiçosa predecessora como uma forma de aviso. A nova mulher definitivamente não era preguiçosa.
  O outro nome de Dracula, Tsepesh (ou Tepes), significa empalador. Vlad era chamado assim por causa de sua propensão para o empalamento como uma forma de punição para seus inimigos. Empalamento era uma forma particularmente medonha de esecução. A vítima era posta num cavalo e empurrada em direção a estacas polidas e untadas em óleo, de forma a não causar a morte imediata. Esposas infiéis e mulheres promíscuas foram punidas por Dracula, tendo seus orgãos sexuais cortados, a pela arrancada enquanto vivas e expostas em público, com suas peles penduradas próximas à seus corpos.
  Dracula apreciava especialmente a execução em massa, onde várias vítimas eram empaladas de uma vez, e as estacas içadas. Como as vítimas se mantinham suspensas do chão, o peso de seus corpos fazia com que descessem vagorosamente pela estaca, tendo sua base lisa arrombando seus órgãos internos. Para melhor apreciar a espetáculo, Dracula retineiramente ordenava um banquete em frente às suas vítimas. e era um praser para ele comer entre os lamentáveis sinais e ruídos de suas vítimas morrendo.
  O atual castelo de Drácula fica ao norte de Wallachina ciade de Tirgoviste. Vlad Tsepesh aka Dracula morreu em 1476. Algumas hitórias dizem que ele morreu em uma batalha onde se disfarçou de turco. Como a vitória estava príxima, ele correu para o alto de um penhasco para ver tudo, mas ele foi confundido com um turco e morto por seus próprios homens.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Celtas

  Celtas é a designação dada a um conjunto de povos, organizados em múltiplas tribos, pertencentes à família linguística indo-européia que se espalhou pela maior parte do noroeste da Europa a partir do segundo milênio a.C... A primeira referência literária aos celtas foi feita pelo historiados grego Hecateu de Mileto no século VI a.C...
  Boa parte da população da Europa ocidental pertencia às etnias celtas até a eventual conquista daqueles territórios pelo Império Romano; organizavam-se em tribos, que ocupavam o território desde a península Ibérica até a Anatólia. A maioria dos povos celtas foi conquistada, e mais tarde integrada, pelos Romanos, embora o modo de vida celta tenha, sob muitas formas e com muitas alterações resultantes da aculturação devida aos invasores e à posterior cristianização, sobrevivido em grande parte de território por eles ocupado.
  Existiam diversos grupos celtas compostos de várias tribos, entre eles os bretões, os gauleses, os escotos, os eburões, os batavos, os belgas, os galátas, os trinovantes e os caledônios. Muitos destes grupos deram origem ao nome das províncias romanas na Europa, as quais que mais tarde batizaram alguns dos estados-nações medievais e modernos da Europa.
  Os celtas são considerados os introdutores da matalurgica do ferro na Europa, dando origem naquele continente à Idade do Ferro (culturas de Hallstatt e La Tène), bem como das calças na indumentária masculina (embora essas sejam provavelmente originárias das estepes asiáticas).
  De ponto de vista da independência política, grupos celtas perpetuaram-se até pelo menos o século XVII na Irlanda, país onde por seu isolamento, melhor se preserveram as tradições de origem celta. Outras regiões europeias que também se identificam com a cultura celta são o País de Gales, uma entidade sub-nacional do Reino Unido, a Cornualha (Reino Unido), a Gália (França), o norte de Portugal e a Galiza (Espanha). Nestas regiões os traços linguísticos celtas sobrevivem nos topônimos, algumas formas linguísticas, no folclore e nas tradições.

Berserker (Mitologia Nórdica)

  Berserkers (ou Berserk) eram guerreiros nórdicos ferozes que haviam jurado fidelidade ao deus viking Odin. Eles entraravam em fúria assassina antes de qualquer batalha.
  Há uma divergência sobre o termo nórdico "baresark", que podia referir-se a "camisa simples" ou ao uso da pele de um urso na batalha (sidnificando "camisa de urso", em nórdico), da mesma forma como os Ulfsarks usavam peles de lobo. Outra tradução possível é "sem camisa".
  A origem dos berserkers é desconhecida, Tacius, porém, faz menção de grupos de guerreiros germânicos com uma fúria frenética.
  Especula-se que berserkers eram grupos ou bandos de guerreiros inspirados religiosamente. Esses guerreiros entravam em tamanho estado de fúria em combate que dizia-se que suas peles podiam repelir armas. Alguns eruditos modernos sugerem que a fúria dos berserkers poderia ser induzida pelo consumo de cogumelos alucinógenos. Lendas mencionam gangues de berserkers com doze membros cujos aspirantes tinham que passar por lutas ritualísticas ou mesmo verdadeiras para serem aceitos. Alguns berserkers tomaram como nomes björn ou biorn em referência aos ursos.
  Lendas contam que guerreiros tomados por um frenesi insano, iam a batalha totalmente despidos e atiravam-se nas linhas inimigas. Não existe nenhum relato conteporâneo de que existia os berserkers. Sem dúvidas, existiam guerreiros em frenesis insanos, mas não há evidências de nudistas lenáticos em campo de batalha.
  Em inglês existe a expressão to go berserk, que significa ficar violento, enlouquecido, incontrolável.

Vikings

  Vikings ou viquingues foram menbros marítimos da Escandinávia, que também eram comerciantes, gerreiros e piratas. Entre finais do século VIII e do século XI pilharam, invadiram e colonizaram as costas da Escandinávia, Europa e ilhas Britânicas. O período de expansão desses povos é denominado Era Viking. Embora sejamconhecidos principalmente como um povo de terror e destruição, eles também fundaram povoados e fizeram comércio pacificamente. A imagem hitórica dos vikings mudou um pocuco ao longo dos tempos, e hoje já admite-se que eles tiveram uma enorme contribuição na tecnologia marítima e na construção de cidades.

Elmos com chifres

  Muitos dizem que os vikings usavam elmos com chifres pois receavam, pelas suas crenças, de que o céu lhes pudesse vir a cair nas cabeças. Apesar desta conhecida imagem a respeito deles - que na realidade era uma crença celta e não nórdica - eles jamais utilizaram tais elmos. Essas características não passam a resgatar a imagem dos vikings como bárbaros cruéis, pois sua aparência era incerta. Os capacetes que os vikings verdadeiramente utilizavam eram cônicos e sem chifres. Não existe qualquer tipo de evidência científica (paleográfica, histórica, arqueológica, epigráfica) de que os escandinavos da Era Viking tenham utilizado capacetes córneos.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Basilisco

  Esse animal era chamado o rei das serpentes, tendo na cabeça, para confirmar essa realeza, uma crista em forma de coroa. Supunha-se que nascia do ovo de um galo, chocado por sapos ou serpentes. Havia várias espécies de basilisco. Uma delas queimava todo aquele que dela se aproximava. Uma segunda assemelhava-se à cabeça da Medusa, e sua visão causava tal horror que provocava a morte imadiata. No Ricardo III de Shakespeare, Lady Ana, em resposta ao galanteio de Ricardo acerca de seus olhos, retruca: "Fossem eles os do Basilisco, para te ferir de morte!"
  O Basilisco era chamado rei das serpentes porque todas as outras cobras, comportando-se como bons súditos e muito sensatamente não desejando serem queimadas ou fulminadas, fugiam logo que ouviam a distância o silvo de seu rei, ainda que estivessem se banqueteando com a mais deliciosa presa, deixando o manjar para o monstruoso monarca.
  O naturalista romano Plínip assim descreve o basilisco: "Não arrasta o corpo, como as outras serpentes, por meio de uma flexão múltipla, mas avança firme e ereto. Mata os arbustos, não somente pelo contato, mas respirando sobre eles, e fende as rochas, tal é o poder maligno que ele existe." Acreditava-se que, se o basilisco fosse morto pela lença de um cavaleiro, o poder do seu veneno, conduzido através da arma, matava não somente o cavaleira mas até o cavalo. Lucano faz alusão a esse fato nos versos:

Ele matou o basilisco em vão,
Deixando-o inerte no arenoso chão.
Corre o veneno através da lança
E mata o mouro, quando a mão alcança.

  Os poderes maravilhosos dos basiliscos são atestados por vários sábios, como Galeno, Aviceno, Scaliger e outros. Por vezes, algum deles duvidava de uma parte da lenda, mas admitia o resto. Jonston, um médico letrado, observa sensatamente: "Seria defícil de acreditar que ele mata com o olhar, pois, assim sendo, quem o teria visto e continuado vivo para contar o caso?" O digno sábio não sabia que aqueles que iam caçar o basilisco dessa espécie levavam consigo um espelho, que fazia refletir a horrível imagem sobre o original, fazendo o basilisco matar-se com sua própria arma.
  Mas quem seria capaz de atacar esse terrível monstro? Há um velho ditado segundo o qual "tudo tem seu inimigo", e o basilisco intimidava-se diante da doninha. Por mais amedrontador que fosse o aspecto da serpente, a doninha não se preocupava e entrava na luta ousadamente.Quando mordida, retirava-se por algum tempo para ingerir a arruda, que era a única planta que o basilisco não fazia murchar, e voltava a atacar com redobreado vigor e coragem, não deixando o inimigo enquanto não o estendia morto no chão. O monstro, como se consciente da estranha maneira pela qual vinha ao mundo, votava, também, extrema antipatia ao galo e estava sujeito a exalar o último suspiro tão logo ouvisse o canto daquela ave.
  O basilisco tinha alguma utilidade depois de morto. Sabemos, assim, que sua carcaça era colocada no templo de Apolo, e em casas residenciais, por ser um remédio soberano contra aranhas, e que também era posta no templo de Diana, motivo pelo qual nenhuma andorinha se atrevia a penetrar no recinto sagrado.
  Shelley, em sua "Ode a Nópoles", cheio de entusiasmo ao ter notícia da proclamação de um governo constitucional naquela cidade, em 1820, faz a seguinta alusão ao basilisco:

Blasfemar-te atravessaram-se, impudentes,
E a liberdade blasfemar? A sorte
Tenham de Actéon, que, nos dentes
De seus próprios mastins achou a morte!
Vencendo os desafios e o perigo
Da tirania, em cada momento,
Sê como o basilisco, que inimigo
Mata por invisível ferimento.

Bibliografia: O livro de ouro da Mitologia - História de Deuses e Heróis - Thomas Bulfinch

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Tiahuanaco - A Cidade Mais Antiga e Misteriosa Do Planeta

  Nós aprendemos na escola que a civilização partiu do Velho Mundo para o Novo Mundo. Porém, há evidências de que o Homem construiu cidades no Novo Mundo milhares de anos antes de que a história conta. Tradicionalmente, a cidade mais antiga do mundo seria Jericó, no Velho Mundo, datada de cerca de 8 mil a.C.. Porém, foram encontradas na América do Sul, evidências de uma cidade que pode ter o dobro da idade de Jericó.
  Localizada na Bolívia (72km de La Paz), a 3.750 metros de altura, Tiahuanaco é uma das cidades mais misteriosas de mundo. A princípio, acreditava-se que ela havia sido construída pelos antecessores dos Incas, há 2 mil anos. Mas, perto da virada do século, o erudito boliviano Arthur Posnansky deu início a um estudo de 50 anos nas ruínas de Tiahuanaco. Com a ajuda da astronomia, Posnansky descobriu algo que daria início a muita polêmica no meio científico, como era de se esperar: calculou que Tiahuanaco havia sido erguida há mais de 17 mil anos, muito antes que, supostamente, qualquer civilização existisse.
  Esta fabulosa cidade foi chamada de "o berço da civilização" por Posnansky. Apesar de ter sido confirmada, por engenheiros, a acuidade das mediações de Posnansky, sua conclusão nunca foi aceita. Porém, Neil Steed, um arqueólogo perito em América Central, decidiu reabrir esta controversa investigação. Neil visitou o novo sítio de escavação do Dr. Oswaldo Rivera, perito em arqueologia boliviana, a pirâmide Akapana. Hoje, grande parte está em ruínas, mas a base foi milagrosamente preservada e prova a avançada capacidade dos construtores.
  As pedras desse sítio estão perfeitamente colocadas. Cientistas tentaram inserir uma agulha e uma carta de baralho em todos os pontos de junção e não foi possível. Hoje já se sabe que a cidade foi construida segundo alinhamentos astronômicos. Partindo disso, Neil Steed usou os mesmos alinhamentos astronômicos para datar o sítio.
  Posnansky observou que no 1° dia de primavera, o Sol se ergueu exatamente no centro do templo através de arcada. Baseado no desenho do templo, deduziu que no 1° dia de inverno e de verão o Sol deveria se erguer por entre as pedras angulares. Mas isto não ocorria. A posição do Sol, por alguma razão passava um pouco dos marcadores de ângulo. Em Tiahuanaco, a arquitetura está alinhada perfeitamente com os pontos cardeais. Porém, medindo-as precisamente, são encontrados "erros". O Dr. Rivera acredita que seja simples erros de construção, sem relação com a data em que foi contruida.
  Observando a perfeição com que foi feito este sítio, com pedras de mais de 100 toneladas (algumas chegam a 200 tons), sugerir que coisas como marcadores de solstício estejam desalinhados é inacreditável, e, como Posnansky, Neil também acha que os marcadores de solstício estão localizados com precisão, como tudo mais no sítio. De fato, este foi o argumento que Posnansky usou para calcular a idade do sítio. Medindo o ângulo das pedras angulares e comparando-o a posição do nascer do Sol de hoje, Posnansky pode calcular que Tiahuanaco foi construida há 17 mil anos. Porém, naquela época, o ângulo do eixo de inclinação da Terra era levemente doferente do atual. Então, o Sol no verão e no inverno deve ter se erguido diretamente sobre as pedras angulares.
  Hoje, temos medidas astronômicas melhores devido aos satélites e computadores. Foram feitos novos cálculos baseados nestas informações e foi descoberta uma data não menos surpreendente: 12 mil anos. Mas isso ainda faz de Tiahuanaco a cidade mais antiga da face da Terra.
  No livro Chronicles Of Peru, escrito no século XIV, Garcia de la Vega diz que quando os espanhóis chegaraam à América do Sul, perguntaram aos Incas se eles haviam construido a incrivel cidade de Tiahuanaco. Os Incas disseram que não. De fato, eles riram da ideia e afirmaram que não tinham nada a ver com a cidade e que ela havia sido construída milhares de anos antes deles.
  Hoje, o que é divulgado nos meios científicos, é que o Homem chegou à América do Sul há serca de 15 mil anos atrás, os chamados "caçadores errantes". Porém, as evidências acima sugerem que Tiahuanaco tenha sido construida por uma civilização muito avançada. Talvez muito mais do que se imagine.
  Ao restaurar o templo de Puma Punka, Dr. Rivera e sua equipe acharam uma estranha depressão entre dois blocos de pedra. Ao espanar a poeira, notaram umbrilho de metal. Os construtores de Tiahuanaco cavaram em encaixe na pedra e nele derramaram uma liga que se endurecia e se transformava em um grampo. Este grampo era utilixado para segurar os blocos de pedra juntos. O mais impressionante é que para mover a liga derretida para cada lado onde um grampo era necessário, precisariam ter algo como um forno de fundição portátil para manter o emtal em estado líquido.
  O mesmo método de construção foi utilizado também pelos construtores egípcios. A antiguidade e a sofisticação tecnológica em Tiahuanaco deveriam fazer que cada um de nós questionasse as origens da civilização.

Bibliografia:
 - "The Orygins Of Man" - NBC